"A espada gasta a bainha, costuma dizer-se. Eis o que aconteceu comigo. As minhas paixões fizeram-me viver, e as minhas paixões mataram-me". (Jean Jacques Rousseau)

dezembro 31, 2010

Tempo...

"Menos de um segundo e eu já perco o ar...
Quase um minuto quero te encontrar...
É um sentimento que preciso controlar...
Porque você se foi... Não está mais aqui"



A gente sempre ouve falar que o tempo é relativo, horas passam com um flash disparado; horas se arrastam na areia num tempo quase infinito dentro de uma ampulheta; agora sentir essa relatividade é algo assustador.
Como um prisioneiro em uma cela, anos viram séculos, mas os minutinhos de visita da pessoa que se ama compensam toda a espera; como um anestésico contra a dor.

Despende-se meses e até anos para "esquecer" alguém (digo esquecer não no sentido próprio da palavra, e sim como a idéia de se acostumar com a ausência) e em questão de minutos esse alguém retorna como se nunca tivesse ido embora, preenchendo toda angústia, trazendo aquele mesmo brilho no olhos que te encantou uma vez, te levando para um outro momento em que tudo está bem novamente.

Levou apenas um fração de segundo para tudo sumir, para se eternizar o reencontro e fazer reviver todo o adormecido.

Toque, cheiro, gosto... Pele, boca, suor... E aquela sensação de estar em casa depois de muito tempo longe, com aquele conforto inconfundível. Ah, e que bem estar!

São caminhos entrelaçados que se afastam e se aproximam de acordo com o passar do ... Tempo.

Meu caminho me levou até você uma vez; hoje a gente se esbarrou por um instante único; amanha me despeço de tudo o que foi e significou para mim. E que esse tempo que insiste em brincar com nossas emoções, volte a correr, sem destino, sem hora marcada, sem saber se você volta ou não.

Tão fácil de gostar para sempre. Tão difícil de deixar ir embora novamente.

Adeus meu amigo amado.


Fragmentos do que eu não consegui falar 
pessoalmente, mas que você pode compreender 
através do que minhas lágrimas te disseram.

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