"A espada gasta a bainha, costuma dizer-se. Eis o que aconteceu comigo. As minhas paixões fizeram-me viver, e as minhas paixões mataram-me". (Jean Jacques Rousseau)

dezembro 29, 2012

She Wolf...



A shot in the dark
A past lost in space
Where do I start
The past and the chase?
You hunted me down
Like a wolf, a predator
I felt like a deer in love lights
You loved me and I froze in time
Hungry for that flesh of mine
But I can't compete with a she wolf
Who has brought me to my knees
What do you see in those yellow eyes
Cause I'm falling to pieces
I'm falling to pieces

Did she lie in wait
Was I bait to pull you in
The thrill of the kill
You feel, is a sin
I lay with the wolves
alone, it seems
I thought I was part of you
You loved me and I froze in time
Hungry for that flesh of mine
But I can't compete with a she wolf who has brought me to my knees
What do you see in those yellow eyes
Cause I'm falling to pieces
I'm falling to pieces
Falling to pieces

I'm falling to pieces (falling to pieces)
Falling to pieces

dezembro 20, 2012

Tente outra Vez...

Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!
 
Beba! (Beba!)
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
(Tente outra vez!)
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou!
Não! Não! Não!...
 
Tente!
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça agüenta
Se você parar
Não! Não! Não!
Há uma voz que canta
Uma voz que dança
Uma voz que gira
(Gira!)
Bailando no ar
 
Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez!
Humrum!...
Tente! (Tente!)
E não diga
Que a vitória está perdida
Se é de batalhas
Que se vive a vida!

  Tente outra vez!

dezembro 14, 2012

Which mask I wear today?


Mais uma vez...

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem.
 
Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja a nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!
 
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de noitecer gente sã
Espera que o sol já vem.
 
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!


Renato Russo

dezembro 13, 2012

novembro 04, 2012

Que assim seja...


Que eu continue com vontade de viver,
mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos,
uma lição difícil de ser aprendida.

Que eu permaneça com vontade de ter grandes amigos,
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo,

eles vão indo embora de nossas vidas.

Que eu realimente sempre a vontade de ajudar as pessoas,
mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver,
sentir, entender ou utilizar essa ajuda.

Que eu mantenha meu equilíbrio,
mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo
escurecem meus olhos.

Que eu realimente a minha garra,
mesmo sabendo que a derrota e a perda são ingredientes
tão fortes quanto o sucesso e a alegria.

Que eu atenda sempre mais à minha intuição,
que sinaliza o que de mais autêntico eu possuo. 

Que eu pratique mais o sentimento de justiça,
mesmo em meio à turbulência dos interesses.

Que eu manifeste amor por minha família,
mesmo sabendo que ela muitas vezes 
me exige muito para manter sua harmonia.
E, acima de tudo...

Que eu lembre sempre que todos nós 
fazemos parte dessa maravilhosa teia chamada vida,
criada por alguém bem superior a todos nós!
E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos
de alguns e, sim, nas pequenas parcelas cotidianas
de todos nós!


Chico Xavier

outubro 03, 2012

E você chama isso de tolerância?...

Desde quando educação e respeito se tornaram sinônimo de fraqueza e medo?

Desde quando foco e comprometimento se transformaram em falta de interesse para com outras pessoas?

Me pedem para ser mais tolerante. E eu me pergunto, Mais Ainda????

Vejo e relevo tantas e tantas coisas, mas eu tenho que entender o outro lado, ser compreensível e prestativa. Espera ai, e quando chega a minha vez? Quando que os outros vão ser pacientes e relevar certas coisas minhas? Ah claro, as coisas que você faz acabam não contando muito, mas as que você deixa de fazer... essas sim recebem a devida enfâse!

Me perguntam: Por quê você não escreve tantas coisas próprias em seu blog?
Simples, porque até aqui tenho que me justificar para que, para quem e o que quis dizer. Não posso apenas ser eu.
Já guardo tantas coisas do meu dia-a-dia para mim e quando resolvo por para fora, tenho que deixar tudo as claras (ou não) para não magoar ou incomodar ninguém; e eu ainda que tenho que ser mais tolerante!

"Seja a mudança que você quer ver no mundo" sábia pessoa que disse isso, mas o dífícil está quando todos esperam que as coisas melhorem partindo só de você as resolver! Um mal estar entre amigos fica pairando sobre as duas partes, mas acabe a um deles (geralmente apenas um), tomar a frente e tentar achar a solução.

Então não é mais fácil ficar sentado esperando que alguém resolva seu problema? Mas espere sentado porque este terceiro pode demorar muuito para perceber isso.

E eu tenho que ser a prestativa. A que mais uma vez vai até lá e dá a cara para bater numa situação que nem foi criada por mim!

Tolerância Carol...

Tolerância não faz mais parte desse mundo.

Uma vez me disseram (claro que não na minha cara): "Ah, a Carol vive no mundo de conto de fadas"
Isso me doeu mais que um tapa na cara, mas hoje vejo que está frase até pode estar certa!
Devo mesmo viver num mundo que só eu enxergo. Lá ser educado é lei suprema. Lá ainda existem valores. Lá eu ainda acredito em sinceridade e bondade. Boa vontade para com tudo e todos. Respeito aos outros e principalmente a você. Lá cada parte vê onde errou, assume isso e tenta arrumar! Respeito.

Paciência....

A vida é cheia de dificuldades mas cabe a gente superá-las. Então eu supero as minhas e você as suas. Não me empurre responsabilidades que não são minhas.

Revoltada eu? Não, isso não faz mais parte de mim. Mas chega uma hora que de tanto engolir sapos, a gente acaba os vomitando.

setembro 21, 2012

The Show Must Go On...

Espaços vazios... Pelo que nós estamos vivendo?
Lugares abandonados
Eu acho que já sabemos o resultado
De novo e de novo, alguém sabe o que nós estamos procurando?
Um outro herói, outro crime impensável
Atrás da cortina, na pantomima
Segure a linha, alguém quer segurar um pouco mais?
O show deve continuar
O show deve continuar, sim
Por dentro meu coração está se partindo
Minha maquiagem pode estar escorrendo
Mas meu sorriso permanece...
 
O que quer que aconteça, eu deixarei tudo à sorte
Uma outra melancolia, um outro romance fracassado
De novo e de novo, alguém sabe pelo que nós estamos vivendo?
Eu acho que estou aprendendo (estou aprendendo, aprendendo)
Eu preciso me aquecer agora
Em breve estarei virando (virando, virando, virando)
a esquina agora
Lá fora está amanhecendo
Mas dentro da escuridão estou ansiando para ser livre
O show deve continuar
O show deve continuar, sim, sim
Por dentro meu coração se parte
Minha maquiagem pode estar escorrendo
Mas meu sorriso permanece...


Minha alma é pintada como as asas das borboletas
Contos de fada de ontem vão crescer mas nunca morrer
Eu posso voar - meus amigos
O show deve continuar(continuar, continuar, continuar) sim sim
O show deve continuar (continuar, continuar, continuar)
Eu irei enfrentar tudo com um grande sorriso
Eu nunca irei desistir
Adiante - com o show

O show deve continuar (sim) ... O show deve continuar


Oh, eu vou dar um lance maior, eu vou superar
Eu tenho que achar vontade para continuar
...continuar com o show
...continuar com o show
 
O Show ... o show deve continuar

setembro 17, 2012

Conspiracy..



Please, speak softly for they will hear us
And they'll find out why we don't trust them
Speak up dear cause I cannot hear you
I need to know why we don't trust them
 
Explain to me this conspiracy against me
And tell me how I've lost my power
 
Where can I turn? Cause I need something more...
Surrounded by uncertainty I'm so unsure
Tell me why I feel so alone

  Cause I need to know to whom do I owe
 
Explain to me this conspiracy against me
And tell me how I've lost my power
 
I thought that we'd make it
Because you said that we'd make it through
And when all security fails
Will you be there to help me through?
 
Explain to me this conspiracy against me
And tell me how I've lost my power

Patience...

...
I've been walking the streets tonight (yeah)
Just trying to get it right (Need some patience)
It's hard to see with so many around(yeah)
You know, I don't like being stuck in the crowd (Could use some patience)
And the streets don't change but, baby, the names (yeah)
I ain't got time for the game (Gotta have some patience)
'Cause I need you, yeah (yeah)
Yeah, but I need you (All it takes is patience, yeah)
...

setembro 03, 2012

Momento Cultural...


"Através do humor nós vemos no que parece racional, o irracional; no que parece importante, o insignificante. Ele também desperta o nosso sentido de sobrevivência e preserva a nossa saúde mental"
 
 
"Se não consegues entender que o céu deve estar dentro de ti, é inútil buscá-lo acima das nuvens e ao lado das estrelas. Por mais que tenhas errado e erres, para ti haverá sempre esperança, enquanto te envergonhares de teus erros.”
 
 
"Mais que de máquinas, precisamos de humanidade."
 
 
Charles Chaplin

agosto 30, 2012

You've Got the Love...



Sometimes I feel like throwing
My hands up in the air
I know I can count on you
Sometimes I feel like saying
"Lord I just don't care"
You've got the love I need
To see me through
Sometimes it seems
That the going is just too rough
And things go wrong no matter what I do
Now and then it seems
That life is just too much
You've got the love I need
To see me through
When food is gone you are my daily need
When friends are gone
I know my savior's love is real
Your love is real
You've got the love
You've got the love, you've got the love
You've got the love
You've got the love, you've got the love
Time after time I think
"Oh Lord what's the use?"
Time after time I think it's just no good
Sooner or later in life
The things you love you loose
You got the love I need
To see me through
You've got the love,
You've got the love, you've got the love
You've got the love,
You've got the love, you've got the love
Sometimes I feel like throwing
My hands up in the air
I know I can count on you
Sometimes I feel like saying
"Lord I just don't care"
But you've got the love I need
To see me through

junho 09, 2012

O Menino e a Borboleta...

"Mil e uma noites haviam se passado desde que o Pássaro Encantado partira. Então ele voltou. Era madrugada. A Menina o viu tão logo a luz alegre do sol fez brilhar as suas penas. Ela o estava esperando. Os apaixonados esperam sempre... Ah! Como foi bom aquele abraço de saudade! Desta vez as suas penas estavam coloridas com as cores das florestas sobre as quais voara. O Pássaro Encantado pôs-se então a cantar os seres das matas, árvores, orquídeas, regatos, cachoeiras, elfos e gnomos... A Menina não se cansava de ouvir. Ouvia e pedia que ele contasse de novo as mesmas estórias, do mesmo jeito. E assim viviam os dois se amando por dias e dias. Mas sempre chegava o momento em que o Pássaro dizia: “Menina, o vôo me chama. Preciso partir. É preciso partir para que o nosso amor não tenha fim. O amor precisa de saudade para viver...” A Menina chorava baixinho mas compreendia. E assim o amor acontecia entre partidas e retornos.

As asas do Pássaro pareciam incansáveis. Estavam sempre à procura de lugares desconhecidos. Ele já visitara montanhas encantadas, planícies geladas, lagos, rios, abismos, castelos, uma cidade construída na divisa entre a realidade e a fantasia, um reino onde era proibido estar triste, lugares sagrados, vulcões, o país dos dragões verdes e dos gigantes amarelos, jardins, selvas verdes, mares azuis, praias brancas... Sobre todos esses lugares ele lhe contara estórias. A Menina não tinha asas. Mas ela voava nas estórias que o Pássaro lhe contava.

Mas os anos foram se passando. O Pássaro envelheceu. Suas asas já não eram as mesmas da juventude. E também os seus sonhos já não eram os sonhos da mocidade. Deseja-se partir quando é manhã. Mas quando o sol se põe o que se deseja é voltar. E assim um desejo novo surgiu no coração do Pássaro crepuscular: voltar...

O sol acabara de se pôr. Vênus brilhava no horizonte. Foi então que a Menina o viu. Suas penas pareciam incendiadas pelo sol. Depois do abraço ele disse para a Menina algo que nunca lhe dissera antes: “Menina, conte-me as estórias da minha ausência...” E foi assim que, pela primeira vez, o Pássaro se calou e a Menina lhe contou estórias.

Por muitos dias o Pássaro e a Menina gozaram do seu amor. Mas o Pássaro já não era o mesmo. Algo acontecera com os seus olhos. Já não procuravam horizontes longínquos. Eles olhavam as coisas simples que havia na sua casa, coisas que sempre estiveram lá, mas que ele nunca havia visto. Não vira porque o seu coração estava em outro lugar. É o coração que nos diz o que é para ser visto.

Aconteceu então, num dia como os outros, o Pássaro abraçou a Menina, e ele sentiu, nas costas da Menina, algo que nunca sentira.

“Menina, o que é isso?” ele perguntou. Ela enrubesceu e respondeu:

“Asas, pequenas asas... Estão crescendo nas minhas costas...”

E para que ele as visse baixou sua blusa. E ele viu. Sim, pequenas asas, delicadas asas, asas de borboleta, coloridas, diáfanas, frágeis... E ele percebeu que a Menina se preparava para voar. Sua Menina se transformara numa borboleta...

O Pássaro sorriu uma mistura de alegria e de tristeza. Sentiu um leve tremor nos lábios, aquele mesmo tremor que vira nos lábios da Menina a primeira vez que lhe dissera: “Eu quero partir...” Chegara a hora em que ela partiria e ele ficaria. Ele seria, então, aquele que esperaria. Como é dolorido ficar! A solidão de quem fica é maior que a solidão de quem parte! Quem parte vai para mundos novos, cheios de maravilhas desconhecidas. Quem fica, fica num espaço vazio, de objetos velhos, esperando, esperando, contando os dias.

O momento da despedida chegou. A Menina, flutuando com suas grandes asas de borboleta, disse ao Pássaro: “Preciso partir...”

O Pássaro teve vontade de chorar. Queria lhe dizer: “Não vá. Eu a amo tanto.” Mas não disse. Lembrou-se de que essas haviam sido as palavras que a Menina lhe dissera, quando ele partira pela primeira vez. O Pássaro temia por ela. Suas asas eram tão frágeis, asas de borboleta que quebram-se atoa. Queria estar com ela para consolá-la na solidão e no cansaço. Mas não fez gesto algum. Ele sabia que os abraços que não se abrem são mortais para o amor.

Ele estendeu a sua mão num gesto de despedida. A Borboleta voou e nela pousou. Ele se aproximou dela, como se fosse beijá-la. Mas não beijou. Apenas soprou suas asas suavemente. “Voa, minha linda Borboleta”, ele disse, se despedindo. A Borboleta bateu suas asas, voou e desapareceu na distância.

Então, ao olhar de novo para si mesmo ele não se reconheceu. Já não era o Pássaro Encantado de penas coloridas. Transformara-se num Menino... Um Menino que não sabia voar. Um Menino que esperava a volta da Borboleta Encantada. Então ele voaria nas asas das estórias que ela haveria de lhe contar..."




Publicado no Correio Popular 13/02/2005 -- Rubem Alves

junho 04, 2012

Simplicidade e Sabedoria...

"Pediram-me que escrevesse sobre simplicidade e sabedoria. Aceitei alegremente o convite sabendo que, para que tal pedido me tivesse sido feito, era necessário que eu fosse velho.

Os jovens e os adultos pouco sabem sobre o sentido da simplicidade. Os jovens são aves que voam pela manhã: seus vôos são flechas em todas as direções. Seus olhos estão fascinados por 10.000 coisas. Querem todas, mas nenhuma lhes dá descanso. Estão sempre prontos a de novo voar. Seu mundo é o mundo da multiplicidade. Eles a amam porque, nas suas cabeças, a multiplicidade é um espaço de liberdade. Com os adultos acontece o contrário. Para eles a multiplicidade é um feitiço que os aprisionou, uma arapuca na qual caíram. Eles a odeiam, mas não sabem como se libertar. Se, para os jovens, a multiplicidade tem o nome de liberdade, para os adultos a multiplicidade tem o nome de dever. Os adultos são pássaros presos nas gaiolas do dever. A cada manhã 10.000 coisas os aguardam com as suas ordens (para isso existem as agendas, lugar onde as 10.000 coisas escrevem as suas ordens!). Se não forem obedecidas haverá punições.

No crepúsculo, quando a noite se aproxima, o vôo dos pássaros fica diferente. Em nada se parece com o seu vôo pela manhã. Já observaram o vôo das pombas ao fim do dia? Elas voam numa única direção. Voltam para casa, ninho. As aves, ao crepúsculo, são simples. Simplicidade é isso: quando o coração busca uma coisa só.

Jesus contava parábolas sobre a simplicidade. Falou sobre um homem que possuía muitas jóias, sem que nenhuma delas o fizesse feliz. Um dia, entretanto, descobriu uma jóia, única, maravilhosa, pela qual se apaixonou. Fez então a troca que lhe trouxe alegria: vendeu as muitas e comprou a única.

Na multiplicidade nos perdemos: ignoramos o nosso desejo. Movemo-nos fascinados pela sedução das 10.000 coisas. Acontece que, como diz o segundo poema do Tao-Te-Ching, “as 10.000 coisas aparecem e desaparecem sem cessar.“ O caminho da multiplicidade é um caminho sem descanso. Cada ponto de chegada é um ponto de partida. Cada reencontro é uma despedida. É um caminho onde não existe casa ou ninho. A última das tentações com que o Diabo tentou o Filho de Deus foi a tentação da multiplicidade: “Levou-o ainda o Diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a sua glória e lhe disse: ‘Tudo isso te darei se prostrado me adorares.’“ Mas o que a multiplicidade faz é estilhaçar o coração. O coração que persegue o “muitos“ é um coração fragmentado, sem descanso. Palavras de Jesus: “De que vale ganhar o mundo inteiro e arruinar a vida?“ (Mateus 16.26).

O caminho da ciência e dos saberes é o caminho da multiplicidade. Adverte o escritor sagrado: “Não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne“ (Eclesiastes 12.12). Não há fim para as coisas que podem ser conhecidas e sabidas. O mundo dos saberes é um mundo de somas sem fim. É um caminho sem descanso para a alma. Não há saber diante do qual o coração possa dizer: “Cheguei, finalmente, ao lar“. Saberes não são lar. São, na melhor das hipóteses, tijolos para se construir uma casa. Mas os tijolos, eles mesmos, nada sabem sobre a casa. Os tijolos pertencem à multiplicidade. A casa pertence à simplicidade: uma única coisa.

Diz o Tao-Te-Ching: “Na busca do conhecimento a cada dia se soma uma coisa. Na busca da sabedoria a cada dia se diminui uma coisa.“

Diz T. S. Eliot: “Onde está a sabedoria que perdemos no conhecimento?“

Diz Manoel de Barros: “Quem acumula muita informação perde o condão de adivinhar. Sábio é o que adivinha.“

Sabedoria é a arte de degustar. Sobre a sabedoria Nietzsche diz o seguinte: “A palavra grega que designa o sábio se prende, etimologicamente, a sapio, eu saboreio, sapiens, o degustador, sisyphus, o homem do gosto mais apurado. “A sabedoria é, assim, a arte de degustar, distinguir, discernir. O homem do saberes, diante da multiplicidade, “precipita-se sobre tudo o que é possível saber, na cega avidez de querer conhecer a qualquer preço.“ Mas o sábio está à procura das “coisas dignas de serem conhecidas“. Imagine um bufê: sobre a mesa enorme da multiplicidade, uma infinidade de pratos. O homem dos saberes, fascinado pelos pratos, se atira sobre eles: quer comer tudo. O sábio, ao contrário, para e pergunta ao seu corpo: “De toda essa multiplicidade, qual é o prato que vai lhe dar prazer e alegria?“ E assim, depois de meditar, escolhe um...

A sabedoria é a arte de reconhecer e degustar a alegria. Nascemos para a alegria. Não só nós. Diz Bachelard que o universo inteiro tem um destino de felicidade.

O Vinícius escreveu um lindo poema com o título de “Resta...“ Já velho, tendo andado pelo mundo da multiplicidade, ele olha para trás e vê o que restou: o que valeu a pena. “Resta esse coração queimando como um círio numa catedral em ruínas...“ “Resta essa capacidade de ternura...“ “Resta esse antigo respeito pela noite...“ “Resta essa vontade de chorar diante da beleza...“. Vinícius vai, assim, contando as vivências que lhe deram alegria. Foram elas que restaram.

As coisas que restam sobrevivem num lugar da alma que se chama saudade. A saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que ela provou e aprovou. Aprovadas foram as experiências que deram alegria. O que valeu a pena está destinado à eternidade. A saudade é o rosto da eternidade refletido no rio do tempo. É para isso que necessitamos dos deuses, para que o rio do tempo seja circular: “Lança o teu pão sobre as águas porque depois de muitos dias o encontrarás...“ Oramos para que aquilo que se perdeu no passado nos seja devolvido no futuro. Acho que Deus não se incomodaria se nós o chamássemos de Eterno Retorno: pois é só isso que pedimos dele, que as coisas da saudade retornem.

Ando pelas cavernas da minha memória. Há muitas coisas maravilhosas: cenários, lugares, alguns paradisíacos, outros estranhos e curiosos, viagens, eventos que marcaram o tempo da minha vida, encontros com pessoas notáveis. Mas essas memórias, a despeito do seu tamanho, não me fazem nada. Não sinto vontade de chorar. Não sinto vontade de voltar.

Aí eu consulto o meu bolso da saudade. Lá se encontram pedaços do meu corpo, alegrias. Observo atentamente, e nada encontro que tenha brilho no mundo da multiplicidade. São coisas pequenas, que nem foram notadas por outras pessoas: cenas, quadros: um filho menino empinando uma pipa na praia; noite de insônia e medo num quarto escuro, e do meio da escuridão a voz de um filho que diz: “Papai, eu gosto muito de você!“; filha brincando com uma cachorrinha que já morreu (chorei muito por causa dela, a Flora); menino andando à cavalo, antes do nascer do sol, em meio ao campo perfumado de capim gordura; um velho, fumando cachimbo, contemplando a chuva que cai sobre as plantas e dizendo: “Veja como estão agradecidas!“ Amigos. Memórias de poemas, de estórias, de músicas.

Diz Guimarães Rosa que “felicidade só em raros momentos de distração...“ Certo. Ela vem quando não se espera, em lugares que não se imagina. Dito por Jesus: “É como o vento: sopra onde quer, não sabes donde vem nem para onde vai...“ Sabedoria é a arte de provar e degustar a alegria, quando ela vem. Mas só dominam essa arte aqueles que têm a graça da simplicidade. Porque a alegria só mora nas coisas simples. (Concerto para corpo e alma, pg. 09.)
"


Crônica de Rubem Alves

maio 22, 2012

Trabalhar...



É, já vo volta pro trabalho... mas 1 minutinho só...

Blues da Piedade...

Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem


(Cazuza)

maio 15, 2012

Scorpion...



[...]

O escorpião carrega uma imensa possibilidade oculta. É o tesouro enterrado das histórias de piratas, mas para se atingir as profundezas interiores e encontrar este ouro, é necessária uma espécie de morte, uma explosão, um cataclisma.

E é preciso que seja assim: a pressão interior é muito maior que a exterior, e acessá-la acarreta uma liberação emocional com intensos poderes.

Podemos associar escorpião à metamorfose da lagarta em borboleta, ao petróleo e às demais riquezas encontradas no interior da terra, e também ao vulcão que libera a lava que fervilha nas profundezas ctônicas.

Em todos estes processos existe uma liberação de energia através da ruptura da casca, o que pode revelar um tesouro ou apenas a lava emocional.




"A ti Escorpião, darei uma tarefa muito difícil. Terás a habilidade de conhecer a mente dos homens, mas não te darei a permissão de falar sobre o que aprenderes. Muitas vezes te sentirás ferido por aquilo que vês, e em tua dor te voltarás contra mim, esquecendo que não sou Eu, mas a perversão da Minha ideia que te faz sofrer. Verás tanto e tanto do ser humano, que chegarás a conhecer o homem enquanto animal, e lutarás tanto com os instintos animais em ti mesmo, que perderás o teu caminho, mas quando finalmente voltares a Mim, Scórpio, terei para ti o dom supremo da finalidade".

maio 08, 2012

The Day that Never Comes

Born to push you around
Better just stay down.
You pull away
He hits the flesh
You hit the ground.
Mouth so full of lies
Tend to block your eyes.
Just keep them closed
Keep praying
Just keep waiting

Waiting for the one
The day that never comes
When you stand up and feel the warmth
But the sunshine never comes.
No, the sunshine never comes.

Push you cross that line,
Just stay down this time.
Hide in yourself
Crawl in yourself
You'll have your time.
God I'll make them pay
Take it back one day.
I'll end this day.
I'll splatter color on this gray.

Waiting for the one
The day that never comes
When you stand up and feel the warmth
But the sunshine never comes.

Love is a four letter word,
And never spoken here.
Love is a four letter word,
Here in this prison.
I suffer this no longer,
I'll put an end to this, I swear.
This, I swear. The sun will shine.
This, I swear,
This, I swear.

maio 02, 2012

Pedaço do paraíso...

(No Anantara Golden Triangle Resort, na Tailândia, a piscina tem tulipas desenhadas pelo revestimento. Como fica em um ponto alto, oferece vista para Laos e a Birmânia.) globo.com


Vi essa imagem na internet hoje e não tinha como deixar de salvá-la.


Com uma vista de encher os olhos e com a finalidade de refrescar a alma.


Ai, Ai...

abril 24, 2012

Pensar...

"Quando eu era menino, na escola as professoras me ensinaram que o Brasil estava destinado a um futuro grandioso porque as suas terras estavam cheias de riquezas: ferro, ouro, diamantes, florestas e coisas semelhantes. Ensinaram errado. O que me disseram equivale a predizer que um homem será um grande pintor por ser dono de uma loja de tintas. Mas o que faz um quadro não é a tinta: são as idéias que moram na cabeça do pintor. São as idéias dançantes na cabeça que fazem as tintas dançar sobre a tela.
Por isso, sendo um país tão rico, somos um povo tão pobre, somos pobres em idéias. Não sabemos pensar. Nisto nos parecemos com os dinossauros, que tinham excesso de massa muscular e cérebros de galinha. Hoje nas relações de troca entre os países, o bem mais caro, o bem mais cuidadosamente guardado, o bem que não se vende, são as idéias. É com as idéias que o mundo é feito. Prova disso são os tigres asiáticos, Japão, Coréia, Formosa, que pobres de recursos naturais, se enriqueceram por ter se especializado na arte de pensar.
Minha filha me fez uma pergunta: “O que é pensar?”. Disse-me que esta era uma pergunta que o professor de filosofia havia imposto à classe. Pelo que lhe dou os parabéns. Primeiro, por ter ido diretamente à questão essencial. Segundo, por ter tido a sabedoria de fazer a pergunta, sem dar a resposta. Porque se tivesse dado a resposta, teria com ela cortado as asas do pensamento. O pensamento é como a águia que só alça vôo nos espaços vazios do desconhecido. Pensar é voar sobre o que não se sabe. Não existe nada mais fatal para o pensamento que o ensino das respostas certas. Para isso existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido.
E, no entanto, não podemos viver sem respostas. As asas, para o impulso inicial do vôo, dependem dos pés apoiados na terra firme. Os pássaros, antes de saber voar, aprendem a se apoiar sobre os seus pés. Também as crianças, antes de aprender a voar têm de aprender a caminhar sobre a terra firme.
Terra firme: as milhares de perguntas para as quais as gerações passadas já descobriram  as respostas. O primeiro momento da educação é a transmissão desse saber. Nas palavras de Roland Barthes: “Há um momento em que se ensina o que se sabe…” E o curioso é que este aprendizado é justamente para nos poupar da necessidade de pensar.
As gerações mais velhas ensinam às mais novas as receitas que funcionam. Sei amarrar os meus sapatos, automaticamente, sei dar o nó na minha gravata automaticamente: as mãos fazem o trabalho com destreza enquanto as idéias andam por outros lugares. Aquilo que um dia eu não sabia me foi ensinado; eu aprendi com o corpo e esqueci com a cabeça. E a condição para que as minhas mãos saibam bem é que a cabeça não pense sobre o que elas estão fazendo. Um pianista que, na hora da execução, pensa sobre os caminhos que seus dedos deverão seguir, tropeçará fatalmente. Há a história de uma centopéia que andava feliz pelo jardim, quando foi interpelada por um grilo: “Dona centopéia, sempre tive a curiosidade sobre uma coisa: quando a senhora anda, qual, dentre as suas cem pernas, é aquela que a senhora movimenta primeiro?”. “Curioso”, ela respondeu. “Sempre andei, mas nunca me propus esta questão. Da próxima vez, prestarei atenção”. Termina a história dizendo que a centopéia nunca mais voltou a andar.
Todo mundo fala, e fala bem. Ninguém sabe como a linguagem foi ensinada e nem como ela foi aprendida. A despeito disso, o ensino foi tão eficiente que não preciso pensar em falar. Ao falar, não sei se estou usando um substantivo, um verbo ou um adjetivo, e nem me lembro das regras da gramática. Quem, para falar, tem que se lembrar dessas coisas, não sabe falar. Há um nível de aprendizado em que o pensamento é um estorvo. Só se sabe bem com o corpo aquilo que a cabeça esqueceu. E assim escrevemos, lemos, andamos de bicicleta, nadamos, pregamos prego, guiamos carros: sem saber com a cabeça, porque o corpo sabe melhor. É um conhecimento que se tornou parte inconsciente de mim mesmo. E isso me poupa do trabalho de pensar o já sabido. Ensinar, aqui, é inconscientizar.
O sabido é o não pensado, que fica guardado, pronto para ser usado como receita, na memória deste computador que se chama cérebro. Basta apertar a tecla adequada para que a receita apareça no vídeo da consciência. Aperto a tecla moqueca. A receita aparecerá no meu vídeo cerebral: panela de barro, azeite, peixe, tomate, cebola, coentro, cheiro-verde, urucum, sal, pimenta, seguidos de uma série de instruções sobre o que fazer.
Não é coisa que eu tenha inventado. Me foi ensinado. Não precisei pensar. Gostei. Foi para a memória. Esta é a regra fundamental desse computador que vive no corpo humano: só vai para a memória aquilo que é objeto do desejo. A tarefa primordial do professor: seduzir o aluno para que ele deseje e, desejando, aprenda.
E o saber fica memorizado de cor – etimologicamente, no coração -, à espera de que o teclado desejo de novo o chame de seu lugar de esquecimento.
Memória: um saber que o passado sedimentou. Indispensável para se repetir as receitas que os mortos nos legaram. E elas são boas. Tão boas que nos fazem esquecer que é preciso voar. Permitem que andemos pelas trilhas batidas. Mas nada têm a dizer sobre os mares desconhecidos. Muitas pessoas, de tanto repetir as receitas, metamorfosearam-se de águias em tartarugas. E não são poucas as tartarugas que possuem diplomas universitários. Aqui se encontra o perigo das escolas: de tanto ensinar o que o passado legou – e ensinou bem – fazem os alunos se esquecer de que o seu destino não é passado cristalizado em saber, mas um futuro que se abre como vazio, um não-saber que somente pode ser explorado com as asas do pensamento. Compreende-se então, que Barthes tenha dito que, seguindo-se ao tempo em que se ensina o que se sabe, deve chegar o tempo em que se ensina o que não se sabe".


Rubem Alves

abril 18, 2012

Amigos...

[...]

 

"As idéias são sementes e o maior favor que se pode fazer a uma semente é enterrá-la. E, tomando folego completou: Um homem sem amigos é um terra sem umidade, uma manhã sem orvalho, é um céu sem nuvens. Os amigos não são os que bajulam; mas os que desmistificam o nosso heroísmo e revelam nossa fragilidade. Um intelectual sem amigos é um livro sem conteúdo."

abril 12, 2012

Pensamento do dia...

"Diz o preguiçoso: "amanhã farei".
Exclama o fraco: "amanhã, terei forças".
Assevera o delinqüente: "amanhã, regenero-me".
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda,
 em verdade, a noção real do tempo.
Quem não aproveita a bênção do dia,
vive distante da glória do século".


(Chico Xavier)

março 24, 2012

Part of me...

Days like this I want to drive away
Pack my bags and watch your shadow fade
You chewed me up and spit me out
Like I was poison in your mouth
You took my light, you drained me down
But that was then and this is now
Now look at me

This is the part of me
That you're never gonna ever take away from me, no
This is the part of me
That you're never gonna ever take away from me, no
Throw your sticks and your stones
Throw your bombs and your blows
But you're not gonna break my soul
This is the part of me
That you're never gonna ever take away from me, no

I just wanna throw my phone away
Find out who is really there for me
You ripped me off, your love was cheap
Was always tearing at the seams
I fell deep and you let me down
But that was then and this is now
Now look at me

This is the part of me
That you're never gonna ever take away from me, no
This is the part of me
That you're never gonna ever take away from me, no
Throw your sticks and your stones
Throw your bombs and your blows
But you're not gonna break my soul
This is the part of me
That you're never gonna ever take away from me, no

Now look at me, I'm sparkling
A firework, a dancing flame
You won't ever put me out again
I'm glowing, oh whoa
So you can keep the diamond ring
It don't mean nothing anyway
In fact you can keep everything
Yeah, yeah
Except for me

This is the part of me
That you're never gonna ever take away from me, no
This is the part of me
That you're never gonna ever take away from me, no
Throw your sticks and your stones
Throw your bombs and your blows
But you're not gonna break my soul
This is the part of me
That you're never gonna ever take away from me, no

janeiro 19, 2012

Tempestade...

Tempestade ... Vendaval




Tempestade ... Emocional

Lady in Black...

On a magical misty morning
I was standing in the Autumn rain
Suddenly the birds fell silent
Would I ever hear them sing again?
Hear them sing again...

Without a word of warning
I saw a shadow in the Autumn rain
Just like in my nightly dreams
The Lady In Black had come again...
The Lady had come again...

Begging me to follow her into the misty rain
Begging me to follow her into the no more pain

Her eyes were hypnotizing
Burning deep inside my brain
The Lady In Black was here now
She was here to take me far away...
Take me far away...

"Follow me to the other side"

Through the tunnel of light we travel, fading away
Through the tunnel of light we travel
We're fading away

Through the light that's shinning bright
We're fading away
Through the light that's shinning bright
We're fading away


...Sdds...

janeiro 11, 2012

...

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos".

(Fernando Pessoa)