"A espada gasta a bainha, costuma dizer-se. Eis o que aconteceu comigo. As minhas paixões fizeram-me viver, e as minhas paixões mataram-me". (Jean Jacques Rousseau)

outubro 19, 2014

Ordinary Love...



The sea wants to kiss the golden shore
The sunlight warms your skin
All the beauty that’s been lost before
Wants to find us again

I can’t fight you anymore
It’s you I’m fighting for
The sea throws rocks together
But time
Leaves us polished stones

We can’t fall any further
If we can’t feel ordinary love
And we cannot reach any higher
If we can’t deal with ordinary love

Birds fly high in the summer sky
And rest on the breeze
The same wind will take care of you and I
We’ll build our house in the trees

Your heart is on my sleeve
Did you put it there with a magic marker?
For years I would believe
That the world couldn’t wash it away

‘Cause we can’t fall any further
If we can’t feel ordinary love
And we cannot reach any higher
If we can’t deal with ordinary love

Are we tough enough
For ordinary love?
We can’t fall any further
If we can’t feel ordinary love
And we cannot reach any higher
If we can’t deal with ordinary love
We can’t fall any further
If we can’t feel ordinary love
And we cannot reach any higher
If we can’t deal with ordinary love

outubro 05, 2014


Mais uma vez... Rubem!


Não desejo que você simplesmente entenda o que escrevo,
Enterder é um ato racional.
O que desejo é que meu texto seja comido antropofagicamente.
Quero que você sinta meu gosto.
Desejo que meus leitores, ao lerem meus textos, fiquem com olhos semelhantes aos meus.
Assim, eles verão o mundo da forma que eu vejo.
E as palavras se tornaram então...

... Desnecessárias.


Pois é seu Rubem Alves... que as palavras para hoje sejam totalmente Desnecessárias!

Nota Mental...

Nunca mais namorar um cavalo...

Bachelard...

“To feel most beautifully alive means to be reading something beautiful, ready always to apprehend in the flow of language the sudden flash of poetry.”

setembro 24, 2014

Ostra Feliz não faz Pérola...


"Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, macias, que representam as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas - são animais mansos -, seriam um presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse, a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem. 
Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabe-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía um delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo  solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: "Ela não sai de sua depressão...". Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro de sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de sua aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o trabalho. 
Um dia, passou por ali um pescador com seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro de uma das ostras. Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de presente para a sua mulher.
Isso é verdade para as ostras. E é verdade para os seres humanos. No seu ensaio sobre "O nascimento da tragédia grega a partir do espírito da música", Nietzsche observou que os gregos, por oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não existia para eles, como existia para os cristãos, um céu onde a tragédia seria transformada em comédia. Ele se perguntou então das razões porque os gregos, sendo dominados por este sentimento trágico da vida, não sucumbiram ao pessimismo. A resposta que encontrou foi a mesa da ostra que faz uma pérola: eles não se entregaram ao pessimismo porque foram capazes de transformar a tragédia em beleza. A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar d sofrer. Esses são os artistas. Beethoven - como é possível que um homem completamente surdo, no fim da vida, tenha produzido um obra que canta a alegria? Van Gogh, Cecília Meireles, Fernando Pessoa..."



(Rubem Alves)

julho 31, 2014

...

Tem dias que a angústia é tão forte, mas tão forte que parece que as mãos pegam o coração, com as artérias, as válvulas, os átrios e vão torcendo como se fosse um pano muito molhado de sangue. Girando uma no contrário da outra como se quisessem secar absolutamente tudo. Mas não para de pingar.
E quantos milhões de pensamentos vem vindo, um batendo no outro, passando por cima, pisoteando, como se fossem esfomeados diante de uma pequena caixa com alguma comida que possa lhes salvar da morte pela fome, e todos ao mesmo tempo tentam pegar a caixa mais vão se derrubando e caindo para os lados sem conseguir alcançar o que desejam. Pois quanto mais próximo chegam, mais uma corda se estica e puxa o pacote para longe.
Uma confusão que se forma entre medos e paranóias, pensamentos ruins. Melhor é rezar. Como quer que tenha aprendido. Ou você acaba explodindo a própria cabeça.
Não adianta tentar escapar. Melhor enfrentar.
O mundo anda muito mais estranho do que o estranho de sempre. Parece que vão se perdendo algumas cores. Vai ficando desbotado. Sem sentido. Sem porquê.
Dá uma vontade louca de pegar todo mundo que você ama e colocar num lugar onde a tempestade não possa chegar. Onde ninguém possa ser atingido. Onde o medo se transforme em luz e onde todas as tristezas, pouco a pouco vão se tornando flores com fortes e intensas colorações e o cheiro da chuva na grama verdinha, deixa o ar mais leve como se pudéssemos voar.
E estes dias assim... são longos e densos.
Necessários sim, para se pensar sobre a própria vida. Sobre o que fez de certo o que poderia ter evitado. Não me parece sentimento de culpa. Me parece um esgotamento espiritual. Como se fosse necessária uma recarga imediata de sentimentos e pensamentos bons. Para acalmar o peito, a alma e fechar a torneira dessa sensação escrota de que estamos eternamente na busca por uma espécie de felicidade que não sabemos exatamente quem plantou em nós, e numa insatisfação brutal e não sabemos o porquê.
Em dias assim é melhor fechar os olhos, tentar encontrar um abrigo escondido dentro de algum canto seu, que só você conhece. Onde ficam guardadas as boas lembranças, os sorrisos que ganhou e que ofereceu, o carinho que recebeu... O amor...
Deixa quieto.
Deixa a angústia passar, desfilando como se fosse uma escola de samba com todos os seus estandartes pontiagudos espetando cada pedaço da alma.
Porque quando o desfile acabar, estaremos mais fortes.
Sim, estaremos mais fortes.

junho 07, 2014

Am I one...?

I grant to you
No privilege of person
No sense of self
A denial of choice
It wants out
So from all the little bits and pieces
A simple case of lost and found
A wicked new beginning
I don't ever want to see
It's the oldest trick in the book
Just like everything you always knew
Turned upon its very end
There's nothing left to be
Half a mind to say
All the things that bother me today
You better check if it's me
In that ''coffin'' of yours
Or just the one
The one you thought you knew
I am one
Who am I?
No character
To be lost inside
A mind is hard to please
So wander aimlessly
Hands clenched
In fists of rage
Concealed in frustration
There's a part of me that cannot deal
With the character I am forced to be

A thinly veiled plan
To lay your world afoot
Lost in community
Blind in belonging
Is there really nothing more than this?
The emptiness remains
So put on your brave face
And take the plunge again
I am one
Who am I?
No character
To be lost inside

Alone in the Crowd...


maio 26, 2014

Na sua estante...




Te vejo errando e isso não é pecado
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar


Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar


Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu


Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido


Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia


E não adianta nem me procurar
Em outros timbres e outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu


Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham
Não se curam (não)
E essa abstinência uma hora vai passar



Vai passar...

maio 24, 2014

Eu que não amo você...

Eu que não fumo, queria um cigarro
Eu que não amo você
Envelheci dez anos ou mais
Nesse último mês
Eu que não bebo, pedi um conhaque
Pra enfrentar o inverno
Que entra pela porta
Que você deixou aberta ao sair
Senti saudade, vontade de voltar
Fazer a coisa certa
Aqui é o meu lugar
Mas sabe como é difícil encontrar
A palavra certa
A hora certa de voltar
A porta aberta
A hora certa de chegar
Eu que não fumo, queria um cigarro
Eu que não amo você
Envelheci dez anos ou mais
Nesse último mês
Eu que não bebo, pedi um conhaque
Pra enfrentar o inverno
Que entra pela porta
Que você deixou aberta ao sair
O certo é que eu dancei sem querer dançar
E agora já nem sei qual é o meu lugar
Dia e noite sem parar eu procurei sem encontrar
A palavra certa
A hora certa de voltar
A porta aberta
A hora certa de chegar
Eu que não fumo, queria um cigarro
Eu que não amo você
Envelheci dez anos ou mais
Nesse último mês
Eu que não bebo, pedi um conhaque
Pra enfrentar o inverno
Que entra pela porta
Que você deixou aberta ao sair
O certo é que eu dancei sem querer dançar
E agora já nem sei qual é o meu lugar
Dia e noite sem parar, procurei sem encontrar
A palavra certa
A hora certa de voltar
A porta aberta
A hora certa de chegar
Eu que não fumo, pedi um cigarro
Eu que não amo você
Envelheci dez anos ou mais
Nesse último mês
Eu que não bebo, queria um conhaque
Pra enfrentar o inverno
Que entra pela porta
Que você deixou aberta ao sair
Eu que não fumo, pedi um cigarro
Eu que não amo você
Envelheci dez anos ou mais
Nesse último mês
Eu que não bebo, queria um conhaque
Pra enfrentar o inverno
Que entra pela porta
Que você deixou aberta ao sair

maio 08, 2014

20 e tantos anos...

"Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Dá-se conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc. E cada vez desfruta mais dessa Cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
As multidões já não são ‘tão divertidas’, às vezes até lhe incomodam.

Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto e te achou o maior infantil, pôde lhe fazer tanto mal. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar, e isso assusta!
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.
De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.
O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça…
Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…

Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?"

março 15, 2014


What a fuck...

Congratulations...



...to us

Down em mim...

Eu não sei o que o meu corpo abriga
Nestas noites quentes de verão
E nem me importa que mil raios partam
Qualquer sentido vago de razão
Eu ando tão down
Eu ando tão down

Outra vez vou te cantar, vou te gritar
Te rebocar do bar
E as paredes do meu quarto vão assistir comigo
À versão nova de uma velha história
E quando o sol vier socar minha cara
Com certeza você já foi embora
Eu ando tão down
Eu ando tão down

Outra vez vou te esquecer
Pois nestas horas pega mal sofrer
Da privada eu vou dar com a minha cara
De panaca pintada no espelho
E me lembrar, sorrindo, que o banheiro
É a igreja de todos os bêbados
Eu ando tão down

Eu ando tão down

Eu ando tão down

Down...

 D
O
W
N
N
N
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