"A espada gasta a bainha, costuma dizer-se. Eis o que aconteceu comigo. As minhas paixões fizeram-me viver, e as minhas paixões mataram-me". (Jean Jacques Rousseau)

setembro 06, 2015

O que é o Amor?

Ilusão? Invenção? Ironia? Ou uma brincadeira de muito mal gosto?

Talvez eu leia e assista filmes de romance demais, onde a mocinha sempre encontra seu amor verdadeiro e não importam quais as dificuldades do caminho, eles sempre acabam juntos e felizes.
Estou propensa a acreditar que achar esse "amor verdadeiro" (e principalmente que ele seja correspondido na mesa proporção) é mais difícil do que ganhar um prêmio de milhões em alguma loteria.
Será que sou eu quem pede demais? Deve ser. Afinal de contas se sentir amado, ter um companheiro e poder contar para o que der e vier com determinada pessoa realmente deve ser algo absurdo de se ter.
Na minha caixa de defeitos, você encontra todas as coisas que eu não sou boa, todas as minhas falhas. E elas estão organizadas! Seguem uma ordem, não sei se alfabética ou de acordo com a intensidade de cada defeito, não importa. Só sei que estão todos polidos, arrumados e expostos de forma que facilite achar um em específico. Qualquer um consegue bater os olhos e ver qual o defeito que será o alvo das criticas do dia.
Se tenho qualidades? Ah, até tenho, mas estas estão uma bagunça! Elas não estão expostas ou visíveis. Há vezes que eu ouço algum comentário sobre elas, mas são breves e passageiros. Tão efêmeros. Mas, dentre muitas, talvez essa seja mais uma falha minha! Eu valorizo mais meu pior do que meu melhor.
E por isso eu não mereço ajuda? Não mereço um crédito extra?

Não.

A vida não corre assim. Os erros repercutem muito mais do que os acertos. Inclusive os acertos amorosos. Do que adianta dizer que ama uma pessoa se você não é capaz de ser sociável com as pessoas ao redor? Do que adianta pedir a pessoa em casamento se podemos deixar tudo como está? Tudo gira em torno do comodismo.

E aquele romance idealizado fica para a literatura mesmo.

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